Bücher von Marta Bonach

A presente investigação acha-se a caminho de semelhante meta que parte da performance do eu-lírico nos textos (na obra) de Cora Coralina, pseudônimo de ANA LINS DOS GUIMARÃES PEIXOTO BRETAS (1889-1985). O pseudônimo, como assinala Gilberto Mendonça Teles, foi, prematuramente (1907), um dos seus mais expressivos inventos literários, responsável direta e indiretamente pela disseminação do seu nome como escritora. Considerando ¿Quarenta e cinco anos decorridos. Procurava o passado no presente e lentamente fui identificando minha gente¿. [Voltei] do livro Vintém de cobre (UFG,1983); Cora volta e expressa amor a sua terra, seu jeito goiano e canta o amor de Aninha a sua cidade; tornando-se então não só a mulher mais importante do Brasil Central e porque não? ¿ de toda a literatura feminina do Brasil.

a vida mera das obscuras... as representações do eu e de outros espaços em poemas dos becos de Goiás e estórias mais, de Cora Coralina. O mundo real é um ponto de partida para a sua criação e adequação perfeita ao ser no mundo, a palavra poética traz reflexões que vem compondo a literatura em Goiás, seria interessante pensar no quanto de Cora existe em cada praça, escola, museu histórico, nos becos e nas ruas das cidades, e são presentes na expressão de nossa cultura popular, uma história muito distinta, com opções estéticas bastante diferentes, e longe dos salões das sociedades carioca e paulistana. A memória feminina: atribui novos significados da história nacional e das especificidades da mulher goiana que buscava dialogar com identidade própria, com a cultura, com a sociedade. "Combatendo a mim própria, procuro conjugar estranha sensação de ser e de não ser... Afro, lusitano e bugre - sou a herança hesitante de nós três." (CORALINA,1965)