von Jefferson Alex Maciel Cavalcante
37,00 €
A agricultura itinerante, de corte e queima, é uma prática comum entre os agricultores na região amazônica, que gera uma pressão sobre as áreas de floresta primária, pois a área aberta para a produção de lavoura branca (lavoura de subsistência) permite ser cultivada por dois ou três anos, quando então o agricultor abandona a área, devido à perda de fertilidade do solo e à infestação de plantas invasoras, deixando-a em pousio ou transformando-a em pastagem, e abre uma nova área. Os sistemas agroflorestais (SAF), se bem manejados, podem ser um alternativa para a recuperação de áreas degradadas e para a reposição florestal das áreas já abertas. Podem, ainda, possibilitar a agricultura permanente, permitindo produção de várias culturas numa mesma área, por muitos anos, sem o uso do fogo, com retorno a curto, médio e longo prazo. Em princípio, os SAF devem servir como uma ferramenta para reflorestar áreas já abertas e recuperar solos degradados, ao contrário de, como muitos pensam substituir áreas de floresta primária.